Antigamente, a
relação entre mães e filhos era muito mais impositiva e relegada a uma situação
de autoridade pura e simples do que nos dias de hoje. Castigos, surras e toda
sorte de punições eram aplicados pelas mães que tinham, como função principal,
“educar” seus filhos para que obedecessem cegamente as normas e convenções
sociais.
Hoje vemos as jovens
mães muito mais ligadas a seus filhos e desempenhando um papel de orientadoras
através de uma relação muito mais de amigas do que de censoras. O principal
problema que elas enfrentam é conciliar suas atividades profissionais e sociais
com a educação dos filhos e a vida numa sociedade extremamente competitiva e
que exige da mulher uma enorme versatilidade e compromisso pessoal. Hoje, uma
mulher que deseja ter filhos, deve entender antes de qualquer outra coisa que
deverá educar a criança e ainda manter-se suficientemente ativa e disponível
para galgar melhores condições e oportunidades em sua vida profissional. Algo
que é muito diferente do que as mães experimentavam há pouco mais de trinta
anos atrás.
Em certo ponto, essa
mudança e essa exigência de versatilidade e de maior qualificação das mulheres,
foi extremamente benéfica para seus filhos. Hoje, nossas crianças são muito
mais capazes e preparadas; podendo expressarem-se mais livremente e dar asas a
criatividade e a inventividade sem serem tolhidas por preconceitos e ideias
errôneas que eram considerados verdadeiros bastiões maternos no passado.
No entanto, podemos
observar que a necessidade de conciliar a vida profissional com a criação de
filhos ainda exerce alguns pontos negativos sobre algumas mães. A concessão de
limites necessários a uma boa educação e ao convívio social sadio são os
maiores problemas enfrentados pelas mães atuais. Entender que não há culpa pela
necessidade de se ausentarem cada vez mais do convívio com seus filhos para que
possam satisfazer as suas próprias necessidades profissionais seria a chave
para acabar com a verdadeira permissividade que muitas mães adotam em relação a
seus filhos e que, no futuro, poderá representar uma sucessão de dissabores e a
formação de adultos imaturos e incapazes de conviver socialmente de forma
plena. Essa “culpa”, muitas vezes, provoca o surgimento nas famílias de
verdadeiros déspotas mirins e representam um risco sério para a vida adulta das
crianças.
Portanto, entender
que a relação entre mães e filhos mudou e que essas mudanças foram importantes
e “para a melhor”; é apenas o primeiro ponto a ser considerado pela mulher que
deseja ser mãe. Ao mesmo tempo ela deve ser capaz de perceber que, mesmo tendo necessidade
de batalhar uma vida profissional e ausentar-se do convívio de seus filhos, não
há “culpa” nesse evento. São as mães e seus esposos que devem tomar as rédeas
da educação de seus filhos e exercerem os papéis de proteção e de punição
quando necessário. Impor respeito e impor limites às crianças é algo que não
pode ser feito com violência ou com barbarismo. Mas é algo a ser executado
tendo como certeza que seus filhos se tornarão adultos mais seguros e mais
aptos para fazer frente aos desafios da sociedade moderna.
0 comentários:
Postar um comentário