A IMPORTÂNCIA DOS PAIS NA EDUCAÇÃO MORAL DOS SEUS FILHOS


A educação de toda criança começa dentro do próprio lar, onde os pais transmitem valores éticos, morais e religiosos para a formação do caráter pessoal dos seus filhos. Até pouco tempo atrás, educar estava relacionado à figura materna, que passava o dia em casa transmitindo afeto e cuidando dos seus filhos.

Com a globalização, muita coisa mudou e a educação das nossas crianças também. Pai e mãe que antes tinham uma participação mais efetiva na educação dos seus filhos são obrigados a trabalhar e os deixarem numa creche, com uma babá, com os avós, com um parente próximo ou até mesmo com um vizinho, num processo perigoso de terceirização da educação familiar.
O pouco tempo disponível dos pais os faz transmitir à escola, muitas vezes, toda a responsabilidade educacional de seus filhos, um grande perigo, uma vez que a educação recebida em casa pela criança reflete na relação com os colegas e com os professores, e é decisiva para a formação moral do ser humano em formação.

Muitos pais trabalham dia e noite na busca de poder proporcionar uma melhor qualidade de vida para sua família e, acabam por negligenciar o repasse dos valores “caseiros” essenciais para a formação do caráter do filho. Uma verdadeira inversão de valores onde a estabilidade financeira familiar se sobrepõe ao investimento dos pais na formação de filhos éticos e morais e retos.

Os pais são os responsáveis legais e morais pela educação dos seus filhos. A família deve ser a principal responsável pela formação da consciência cidadã do filho e também apoio importante no processo de adaptação das crianças para a vida em sociedade. Uma boa educação dentro de casa garante uma base mais sólida e segura no contato com as adversidades culturais e sociais, características do período de amadurecimento. A ausência familiar gera graves consequências na formação, alimentando valores distorcidos, que levam os mais jovens ao mundo do vício e das futilidades, e numa pior hipótese, levam à marginalidade, que se instala no caráter do jovem com uma sutileza devastadora.

O educador Antônio Carlos Gomes da Costa, um dos idealizadores do Estatuto da Criança e do Adolescente, declara que a partir do momento em que as crianças ficam soltas na comunidade e entregues às diversões eletrônicas, há uma perda de referência em relação aos valores considerados importantes para o desenvolvimento de uma base sólida. Porém, segundo ele, não basta apenas estar presente, é preciso saber educar de forma correta. “O problema, a meu ver, não é o tempo que os pais passam com os filhos. O desafio está na qualidade dessa convivência, que deve ser marcada por um forte componente de presença educativa”, diz Costa.

O educador ainda afirma que, no Brasil, a ausência dos pais na formação dos filhos é algo recorrente. “Existem muitos educadores familiares que não são pais biológicos das crianças sob sua responsabilidade”, revela.

Por Juliana Dias

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