NINGUÉM FEZ UMA FESTA QUANDO EU NASCI!

Recebi em minha caixa de e-mails, um link de um vídeo no You Tube, com a gravação da canção “Mesmo assim Te louvarei”, do cantor e Pastor Lázaro; na música, ele recebe o jovem Jonatas Souza para fazer a participação, emocionante e, ela que me inspirou.
Veja o Vídeo também: 


Independente da religião, uma história de superação humana nos enche de vigor e vontade de vencer também; nos leva a admirar os envolvidos na vitória e a questionar por que outras pessoas não fazem o mesmo...  Jonatas é um jovem que vive com todas as limitações de um ser, com deficiência motoras e intelectuais e, na música ele canta a seguinte frase: “Ninguém  fez uma festa, quando eu nasci. Mas quem daria uma festa por nascer alguém assim?”, Quem se alegraria em ver chegar ao mundo alguém como Jonatas, alguém que tem dificuldade em realizar as mais simples tarefas do dia-a-dia, alguém que passará por constrangimentos ao longo da vida, alguém que a medicina nem sabe se vai “vingar” por muito tempo!!! (essas e tantas outras são justificativas dos ativistas, para a legalização do aborto no território brasileiro).
Todos esses questionamentos vêm como uma bomba na cabeça de uma mãe que descobre que terá um filho “diferente” como Jonatas; só que, segundo o depoimento do jovem, ele achou quem o amasse mesmo assim, ele achou na figura de sua mãe um amor desregrado e sem limites, um amor que deu festa, sim, quando ele nasceu, quase morto e com a promessa de uma grande luta pela sobrevivência ao longo da vida. Quantos de nós seríamos capazes de desenvolver esse amor?  A música continua dizendo: “Tentaram me parar, porque nasci assim, Existem algumas coisas tão difíceis para mim...” e, mesmo diante de todas essas dificuldades, Jonatas cresceu, desenvolveu-se, venceu e continua vencendo, diariamente. Então, qual seria o motivo para parar essa vida?
Uma mãe que não faz festa, quando descobre que está grávida, quer o direito de “desengravidar”. Há alguns anos, a sociedade brasileira divide opinião sobre a legalização do aborto: de um lado, grupos que apóiam a vontade e a decisão da mulher de escolher o que fazer com o seu corpo, grupo esse representado pelo movimento feminista; De outro lado, grupos religiosos que condenam a prática abortiva, garantindo o DIREITO à vida para os nascituros. Sabemos que, no Brasil, o aborto é crime e só tem exceções para os casos de estupro e risco de morte/saúde da mulher. Em 2004, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, liminarmente, criou mais uma exceção no caso dos fetos anencéfalos. Tal decisão foi revogada pelo plenário da Suprema Corte pressionado pelos grupos religiosos de maneira geral. Aliás, a Suprema Corte brasileira não poderia tomar decisão diferente, visto que uma decisão de tamanha importância não poderia ter sido tomada sem consulta popular, como defendem alguns ou por quem não tem o múnus de legislar como é o caso. Justificar com o argumento de que os nascituros viverão apenas algumas horas cria uma procedência perigosa para os casos de demência como o de Jonatas.
A sociedade brasileira vive uma grande crise de moral e as mulheres, com raríssimas exceções, entregam-se cada vez mais cedo ao sexo irresponsável e desenfreado, mas não podemos por isso, impor aos seres humanos que são fruto dessa irresponsabilidade, uma pena de morte sem direito a julgamento. A vida é dada por Deus e somente Ele deve tirá-la. Sem entrar no mérito político e religioso, faz-se necessário, realmente, uma discussão ampla e irrestrita sobre os malefícios do aborto para a mulher e a crueldade para com os nascituros.
Uma discussão sobre o hilomorfismo, pouco acrescentará ao conhecimento e discernimento da população. Não interessa se o feto tem alma aos quarenta ou oitenta dias, até porque a ciência já se pronunciou sobre isso. Segundo a Drª. Lílian Piñero, especialista em biologia molecular, duas ou três horas depois da fecundação, o feto já se comunica com a mãe, mostrando claramente que, logo após a fecundação, o feto já começa a ter contato com o mundo externo por meio de sua mãe.
Os métodos abortivos, mesmo em fetos anencéfalos, que teoricamente viverão somente algumas horas após o nascimento, são muito cruéis. No caso dos anencéfalos, em “abortários” americanos, como no resto do mundo, o feto com mais de 1 kg é retirado em uma cesariana, depois, ainda vivo, é jogado em uma lata de lixo, onde agoniza por horas; raramente, o feto é queimado.
Quando o aborto é realizado de forma clandestina, a crueldade é ainda maior, levando-nos a repudiar essa forma de homicídio que muitos defendem em nome de uma falsa liberdade feminista, que só traz prejuízos à sociedade brasileira. É fato também, que a legalização do aborto não diminuirá nem os índices de criminalidade, nem os riscos para as mulheres.
Outras mães até fizeram festa, quando os seus filhos nasceram, mas com o dia-a-dia e a rotina de cuidados, arrependeram-se e tornaram-se protagonistas dos mais perversos casos de maus- tratos contra seus filhos. De acordo com a coluna, o serviço social do Hospital das Clínicas, de São Paulo, que fez o levantamento, atendeu a 60 casos de maus-tratos a crianças só este ano, incluindo uma tentativa de suicídio de uma menina de 13 anos, vítima de agressões psicológicas dos pais. O estudo também leva em consideração dados levantados pelo Pediatra Antônio Carlos Alves Cardoso, que atua no Instituto da Criança do HC e, que fez tese de doutorado sobre o tema. Segundo Dr. Cardoso, 75% das agressões são contra crianças de até dois anos, e a violência dos pais é a causa de 60% das ocorrências. O abuso sexual corresponde, em média, a 10% dos casos.
Recentemente, Garanhuns vivenciou o caso de Zuleide da Conceição que tentou vender seu filho por 4mil reais. Nas redes sociais e nos telejornais, maus tratos de mães para filhos são frenéticos, como a grande reincidência de bebês que são jogados no lixo, ao nascer; esta triste realidade pode ser exemplificada com o caso da francesa que matou um filho e congelou outros dois e, com o caso de Dominique Cotrez que confessou, em 2010, ter matado oito filhos recém-nascidos.
Especialistas afirmam que os crimes de infanticídio (quando a mãe mata o filho), normalmente, não são atos premeditados e estão ligados a problemas psicológicos da mãe. No Brasil, os maus-tratos a crianças aumentaram 36% em 2013. Na maior parte dos atendimentos, a mãe era a responsável pela agressão. E, isso me faz pensar em qual é o diferencial de mãe de Jonatas? Porque ela não foi atriz de um filme de terror como esses citados? Porque ela não permitiu que parassem a vida do seu filho?  Porque ela fez festa quando seu filho tão limitado nasceu? Ai, eu percebi que estava sendo equivocada em fazer estas perguntas, quando na verdade as perguntas deveriam se resumir na seguinte: “Por que essas outras mães não seguiram o exemplo de mãe de Jonatas?”

A rotina das más notícias nos condiciona a tornar normal os casos brutais e anormais os exemplos de prova de amor materno. No dicionário, a definição da palavra mãe é bem fria e seca, “Mulher, que tem um ou mais filhos; relação de parentesco de uma mulher para com seus filhos; qualquer fêmea, que teve filho ou filhos.” Mas para nós, mulheres, que já passamos pelo sublime momento de dar à luz uma vida, sabemos que, naquele momento, não éramos apenas uma “...qualquer  fêmea que teve um filho” e, sim, uma mãe que fez festa quando seu filho nasceu! 

Por Juliana Dias - DRT: 5391/PE

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não devemos reclamar da nossa vida, pois somos muito feliz, podemos fazer tudo que um ser humano pode fazer com a maior simplicidade e ainda tem pessoas que reclamam.

    muito bom o texto parabéns!

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