Meus heróis morreram de overdose!

Um interessante artigo que publiquei, na minha coluna de opinião, do Jornal Crer em Pernambuco, vale a pena ler e recomendar para os nossos jovens!!!!

A morte de Chorão vocalista da banda Charlie Brown Jr, que foi encontrado recentemente morto em seu apartamento vitima de overdose por uso de cocaína, o que   levou muitas pessoas a se perguntarem quais as razões que levam pessoas ricas e famosas a desprezar a vida. Ídolos de todas as gerações vão embora muito cedo, deixando para os seus fãs uma sensação de vazio, de perda.
Chorão vem apenas confirmar o que virou marca no mundo da música, do teatro, da literatura e de muitas outras artes. Muitos gênios superam barreias intransponíveis para chegar ao topo de suas carreiras, mas depois que atingem o lugar mais alto o que vêem é um abismo. E não conseguem se livrar do desejo de mergulhar na escuridão, da ânsia de saltar para o desconhecido. É como se fosse uma busca pelo lado obscuro da existência.
Recorde alguns casos de famosos que assim como chorão mergulharam no mundo das drogas, álcool e promiscuidade, que os levarem a antecipação da sua morte:
Jim Morrison: o vocalista do The Doors, deixou os palcos no auge da carreira, em 1971. Apareceu morto na banheira do apartamento, vitima de overdose de cocaína.
Jimi Hendrix: o maior guitarrista de todos os tempos, gostava de LSD e morreu após uma overdose de comprimidos para dormir e vinho.
Marilyn Monroe
A musa teve uma morte polêmica, pois muitos americanos acreditavam que Marilyn havia sido assassinada devido aos seus relacionamentos amorosos. Marilyn Monroe foi encontrada morta em sua casa em 1962 e apesar da necropsia ter afirmado que foi uma overdose de pílulas para dormir, até hoje a morte desta atriz está coberta de mistérios.
Amy Winehouse
O que matou a jovem foi uma droga lícita: o álcool. A cantora britânica de 27 anos foi encontrada morta em sua casa, devido a uma ingestão exagerada de álcool, droga esta que Amy estava tentando superar através da abstinência.
Antes de morrer Amy encarou uma recente luta contra as drogas, chegando a passar três semanas sem usar substâncias tóxicas. Porém, à primeira recaída que a cantora teve culminou na sua morte.
Whitney Houston:
 Uma das cantoras mais expressivas e queridas dos últimos anos, também foi vítima fatal das drogas. Whitney foi ícone de beleza e voz na década de 90, especialmente por ter atuado em um filme “O Guarda-Costas”, mas anos depois caiu em franco declínio devido ao uso de diversos tipos de drogas, dentre elas o álcool. Foi internada por diversas vezes em clínicas de reabilitação em busca de uma possível cura, no entanto, sempre voltava a ter recaídas. Morreu depois de ter sofrido uma overdose, em conseqüência da ingestão de álcool e drogas.
Ídolos brasileiros não ficam de fora dessa lista de tragédias pessoais.
Elis Regina: uma das mais brilhantes vozes da música popular brasileira, se apagou antes de completar 37 anos. A “Pimentinha” abusou de cocaína, tranqüilizantes e bebida alcoólica.
Cássia Eller
Foi uma cantora e violonista do rock brasileiro dos anos noventa, teve grandes problemas com álcool e outras drogas. A hipótese de overdose como causa da morte aos 39 anos.
Outros músicos não morreram de overdose, mas tiveram a carreira interrompida cedo pela “loucura” a qual viviam, com abusos de drogas, álcool e sexo.
Cazuza
 Foi um cantor e compositor brasileiro, que ganhou fama como poeta da sua geração enquanto vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico. Em 1989 descobriu ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990. Morre aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS.
Renato Russo
Foi um cantor, compositor e músico brasileiro, membro da banda Legião Urbana e do Aborto Elétrico, descobre ser portador do vírus da AIDS, doença que lhe custou a vida.
Bob Marley: o fenômeno do reggae, não resistiu ao câncer depois de anos e anos fumando maconha sem nenhum controle.
 “Meus heróis morreram de overdose” é um pequeno trecho da música Ideologia de Cazuza, e pra mim já disse tudo. Gerações marcadas por ídolos que morreram afogadas em seus vícios, comportamentos exuberantes e “liberais”! Eles alavancam multidões de fãs, tendo em sua maioria jovem que se identificam com essa bandeira liberal. O problema é que é na adolescência que os conflitos ideológico e o desejo de ser livre afloram, o que justifica e muito essa identificação dos jovens com esse ícones da musica e arte como um todo. Não deixando de lado seus inegáveis talentos artísticos.
A pergunta que fica é o que vai acontecer com os jovens que adotam esses “heróis” como referencial? Tem ainda uma lista com mais de 30 desses “heróis” que morreram da mesma forma. Um herói tem que marcar de alguma maneira e qual a melhor senão a REBELDIA, essa associada à liberação sexual e ao uso de drogas. Ser rebelde hoje em dia é sinônimo de poder, e pessoas assim não estão somente no mundo das artes, estão em todos os lugares. O script é parecido. Eles conseguem escapar mais facilmente da repressão policial às drogas. Existe uma glamorização do uso da droga entre os jovens e quando ocorre uma morte, faz-se de conta que houve apenas um acidente, é preciso atentar para o mal que isso causa. Não há evidências de que as drogas tornem alguém mais criativo ou inteligente. Ao contrário. Sabe-se que elas podem destruir a racionalidade de uma pessoa, abreviando com a morte ou a loucura a vida. E, como trágico efeito colateral, disseminando o uso.
Vamos ficar atentos a isso!

Por Juliana Dias - DRT: 5391/PE

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