Atualmente no Brasil, as mulheres têm seu primeiro filho com 27 anos. Em menos de duas
décadas, espera-se que essa idade salte para 29 anos. A projeção foi divulgada este
mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo as
estatísticas, o número de mulheres grávidas de 15 a 24 anos deve diminuir
gradativamente até 2060, enquanto de 30 a 44 anos aumentará.
Além de a primeira gravidez acontecer cada vez mais tarde, o
número de filhos por mulher também só tende a diminuir. A chamada taxa de
fecundidade total (número médio de filhos por mulher) em 2013 deve ficar em
1,77 filho por mulher, passando para 1,61 filho em 2020 e 1,5 filho em 2030.
Essa tendência vai fazer com que a população do Brasil
cresça até 2042, quando deverá chegar a 228,4 milhões de pessoas. A partir do
ano seguinte, ela diminuirá gradualmente e estará em torno de 218,2 milhões em
2060, segundo as previsões do IBGE.
A baixa taxa de fecundidade também vai diminuir a proporção
de crianças e jovens e aumentar a proporção de idosos na população, o que
significa que o país terá de se preocupar cada vez mais com questões como
aposentadoria. Em 2060, o percentual da população com 65 anos ou mais de idade
será de 26,8%, mais que o triplo do estimado para 2013.
A boa notícia é que as crianças nascidas em 2041 terão
expectativa de vida de 80 anos de idade em 2041, número que hoje está em 71
anos para homens e 78 para mulheres.
Opinião
O universo feminino vem mudando constantemente e, com a
independência conquistada, a mulher tem estabelecido prioridades diferentes do
casamento e da maternidade. Ser mãe não deixou de figurar na lista de desejos
femininos, mas um outro fator que ajuda nesse processo de postergação é o
aumento da expectativa de vida da mulher brasileira que, hoje, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chega a 73 anos, em
média. Essa mudança comportamental, no entanto, pede alguns cuidados quando a
vontade e a disponibilidade para ser mãe vêm após os 35 anos.
O primeiro obstáculo é que, a partir dessa idade, a
capacidade reprodutiva da mulher declina em virtude da alta incidência de
alterações ovulatórias. Estima-se que 1/3 das mulheres acima de 30 anos e
metade daquelas com mais de 40 terão dificuldades para engravidar, Isso
acontece porque nascemos com um número limitado de óvulos e como não há formação
de novos durante a vida, esse estoque cai progressivamente com o tempo.
Felizmente, com a ajuda da medicina reprodutiva, hoje as
mulheres podem deixar para engravidar quando decidirem. Tratamentos como a
indução da ovulação, fertilização in vitro ou até a doação de óvulos podem
auxiliar na realização do sonho da maternidade.
Outro fator de risco é a probabilidade de aborto, mas vale
lembrar que uma mulher com 35 anos ou mais e que não sofra dos males causados
por fatores como obesidade, fumo, colesterol elevado, doenças ginecológicas ou
diabetes também pode engravidar sem riscos. Com a ajuda do pré-natal, ela terá
grandes chances de levar uma gestação tranqüila e saudável.
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