QUEIMADURAS NO PERÍODO JUNINO


Samu dá dicas simples para evitar e o que fazer em caso de problemas

Soltar fogos de artifício e acender fogueiras são bastante comuns no ciclo junino pernambucano. A tradição, no entanto, pode terminar em problemas se não forem observados alguns cuidados.

Uma das maiores preocupações deve ser com a garotada que, muitas vezes impulsiva, nem sempre presta atenção a detalhes como manter distância segura das chamas. “Crianças nunca devem soltar fogos de artifício sem a supervisão de um adulto. No caso das fogueiras, é importante estar atento principalmente às pessoas que estiverem vestidas com roupas típicas de quadrilha. As peças costumam ter muito nylon, altamente inflamável, oferecendo um risco ainda maior”, ressalta Neto Paes, enfermeiro e Coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Angelim (Samu 192).

Se cuidados não foram tomados ou se mostraram insuficientes para evitar problemas, é preciso saber o que fazer numa situação urgente. Segundo o enfermeiro, com especialização no atendimento de queimados, a primeira providência é molhar a área atingida com água corrente ou colocá-la num recipiente com água limpa. Melhor ainda se o líquido estiver gelado. “Isso vai resfriar o local e trazer conforto à vítima. Não se deve colocar gelo, que também pode provocar uma queimadura”, aponta.

Neto explica que os procedimentos seguintes variam de acordo com o tipo de lesão. “Se a área atingida ficar apenas vermelha, basta colocar a água gelada até o alívio da dor. Se formar bolhas e a zona atingida for pés, mãos, genitália, articulações ou face, é preciso levar a pessoa para avaliação em uma unidade especializada. Dependendo da extensão e profundidade, ela pode precisar de internamento e mesmo ir a óbito.

Popularmente associados aos cuidados iniciais em caso de queimadura, também são proibidos produtos como manteiga, pasta d’água, pó de café, óleo de cozinha, margarina, ovo e pasta de dente. “Qualquer ingrediente que for colocado pode piorar a ocorrência, agravando o ferimento. Pior ainda, ele deverá ser retirado no momento da consulta clínica”, justifica a profissional.

O enfermeiro destaca outros hábitos a serem evitados. “Não se deve mexer ou colocar a mão na queimadura, cobri-la com algodão ou remover roupa que esteja colada a ela. E se formar bolha, nada de furar ou arrancar a pele”, completa.

Por Juliana Dias

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